sexta-feira, 20 de abril de 2012


ENFERMAGEM EM FARMACOLOGIA

GRUPO DEMEMDICAMENTOS

1.ANTIEMÉTICOS - medicamentos que aliviam ou inibem perturbações gástricas como náuseas, sensação de plenitude gástrica, vômitos.Ex: metoclopramida, plasil, dimenitrato (dramin) e nausedron.

 2. GRUPO DOS ANTIBIÓTICOS

n       ANTIBIÓTICOS - substâncias de origem natural ou sintética que exercem função antimicrobiana, ou seja, impedem o desenvolvimento ou matam microorganismos patogênicos. Fazem parte dos grupos dos agentes antiinfecciosos. Podem ser produzidos por agentes vivos, como cogumelo e bactérias, ou ser elaborados sinteticamente. Agem predominantemente sobre as bactérias gran positivas e negativas, individualmente ou em ambas ao mesmo tempo. Ao atuar em ambos (Gran + ou -) é chamada de antibiótico de amplo espectro.

CLASSIFICAÇÃO DOS   ANTIBIÓTICOS

2.1.ANTIBIÓTICOS-BACTERICIDAS:São antibioticos que destroem as bactérias
n       penicilinas,
n      cefalosporinas,
n       aminiglicosídeos,
n      polimixina,
n       rifampicinas,
n      Vancomicinas

2.2 ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICOS :São antibióticos que inibem o crescimento de bactérias

n      Macrolídeos,
n      lincosamidas,
n       poliênicos,
n      largo aspectro.

AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS

n      prejudicam a formação da parede celular das bactérias: as bactérias se rompem devido a penetração de líquidos através da parede celular. Ex: penicilina, ampicilina, amoxicilna.
n      Interfere na sintese de cromossomos:
    interfere na produção de novos cromossomos. Ex: ciproflorxacina.
n      Broqueiam a sintese das proteínas:
Impedem a formação de proteínas necessária para formação de novas células.ex: tetraciclinas, gentamicina, azitromicina e eritromicina.

Efeitos colaterais dos antibióticos.

n      Aumentam a resistência a microorganismo;
n      Discrasia sanguínea;
n      Edema angioneurótica
n      Reações cutâneas graves;
n      Choque anafilático.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS

  • Controle de sinais vitais;
  • Observar rigorosamente a dose prescrita, aparecimento de reações cutâneas; história de alergia ao medicamento.
  • Administrar antibióticos prescritos por via endovenosa, diluídos adequadamente para evitar flebite. A administração por via intramuscular deve ser profunda, para diminuir a dor e facilitar a absorção;

CUIDADOS DE ENFERMAFEM
l      Estimular a hidratação (ingestão de líquidos), pois grande parte dos antibióticos é de eliminação renal;
l      As penicilinas não cristalinas devem ser aplicadas com agulhas 30x8 ou 30x9.
l      Oferecer antibióticos por via oral acompanhados de leite ou após as refeições, para se evitar irritação gástrica.

    Principais tipos de Antibióticos

n      Grupo das penicilinas - as penicilinas são sólidos cristalizados, brancos ou amarelados, inodoros. Encontrados nas formas F- G - k- 0- V. Indicados Nas infecções graves produzidas por microorganismos gran+; pré-operatório em paciente com alterações valvulares cardíacas, pacientes submetidos a tratamento com corticosteróide. Vias e administração Oral, IM ou EV
n      Penicilina G Cristalina- (sódica ou potássica)- sódica hidrossolúvel, de ação rápida utilizada principalmente por via endovenosa, com dose de 4 a 6 horas. É excretada pelo rim, seu tempo de validade após a diluição e na temperatura ambiente é de 6 horas;
n      PENICILINA G PROCAÍNA - é lentamente absorvida e eliminada, sendo administrada exclusivamente por via intramuscular. As doses podem ser repetidas após 6 horas. Apresentação wicillin. Indicação tratamento de blenorragia.
n      Penicilina G benzantina –de ação prolongada, e lentamente absorvida, indicada exclusivamente por via intramuscular. Indicada para tratamento de Sífilis e Febre Reumática;
n      PENICILINA COMBINADAS - despacilina: contém 30.000u de procaína e 100.000 de potássio;
n      PENICILINA:SEMI-SINTÉTICAS - penicilinaV:Pen-ve-oral;ampicilina, amoxil,amoxamil;carbeninicilina; carbenicilina:Pyopen,cloxacilina:  bactopen; dicloxacicilina: declocil.

EFEITOS COLATERAIS

n      Distúrbios gastrintestinais: náuseas, vômitos,diarréia.
n      Reações de hipersensibilidade: urticária, eritema.
n      Dor no local de aplicação intramuscular;
n       flebite (ocasionável por administração endovenosa por tempo prolongado); 
n         Choque anafilático

GRUPO DAS CEFALOSPORINA

n      CEFALOSPORINAS: São antibióticos semi-sintéticos bactericidas. Compreendem os seguintes medicamentos: cefalotina: kefli; cefalexina (keflex)cefaloridina;cefoxitina: (mefoxin).


GRUPO DOS AMINOGLICOSÍDEOS

n      AMINOGLICOSÍDEOS - Este grupo de antibióticos bactericidas incluem a neomicina: uso oral e tópico; kamicina: indicada principalmente por via IM; GENTAMICINA ou GARAMICINA: Indicado por via IM. AMICACINA: novamim, briclin; estreptomicina: atualmente seu uso está restrito. Estes antibióticos não são absorvidos por via oral, embora conservem sua atividade antimicrobiana. Possuem absorção rápida por via intramuscular (IM). A eliminação ocorre principalmente pela urina. Possui ação nefrotóxica e Ototóxica.

GRUPO DOS: MACROLÍDIO - e grupo de antibióticos bacteriostáticos inclui a eritromicina, indicada por via oral, podendo ser administrada por via parenteral. os efeitos colaterais incluem disturbios gastrintestinais .

3.ANTIÁCIDOS – são medicamentos que inibem a acidez gástrica. Hidróxido e alumínio (pepsamar);  cimetidina, hidróxido de magnésia.

4.ANTIARRÍIMICOS – São medicamentos que melhoram ou interrompem as arritmias cardíacas. Estas podem estar relacionadas na formação do impulso, defeitos na condução , alteração na excitabilidade e na força de contração miocárdica (coração).

PRINCIPAIS DIGITÁLICOS
n      PROPANALOL: encontrado com o nome de INDERAL , ERALDIN, DICORANTIL.
n      QUINIDINA: equivale a quimidex, quitmoquine.
n      PROCAMIDE: equivale a procaínamida.
n      ISOPROTERENOL: equivale a isoprel;
n      FENITOÍNA: equivale a hidantal.

EFEITOS COLATERAIS
n      distúrbios gastrintestinais,
n       bradicardia,
n      taquicardia,
n      hipotensão,
n      perturbações visuais,
n       tontura,
n       surdez e cefaléia


CUIDADOS DE ENFERMAGEM

l      CONTROLE DE SINAIS VITAIS (PULSO E PRESSÃO ARTERIAL);

l      OBSERVAR EFEITOS COLATERAIS E SINAIS DE INTÓXICAÇAO;

l      ADMINISTRAR LENTAMENTE OS MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA COM EQUIPO E MICROGOTAS E CONTROLE RIGOROSO DO GOTEJAMENTO.

5.ANTI-HIPERTENSIVOS - Agem sobre a musculatura lisa das paredes das arteriolas, combatendo a HIPERTENSÃO ARTERIAL, como exemplo temos:
n      diazóxido(pressuren);
n      nifedipina (adalat);
n      reserpina (serpasol);
n      guanetidina (ismelina); nitropussiato de sódio (nitrid);
n       isorbida (isordil).

EFEITOS COLATERAIS

n      Distúrbios gastrintestinais;
n      Hipotensão postural;
n      Tontura;
n      Cefaleia;
n      Rubor;
n      Erupções cutâneas;
n      Taquicardia e bradicardia.

6.ANTICONVULSIVANTES - utilizados sobretudo em pacientes epilépticos,evitando o desenvolvimento de convulsões os principais são:
n      Fenobarbital- que possui ação depressiva sobre o sistema nervoso central – equivale ao luminal, luminaletes, comital L e gardenal; doses excessivas podem levar à diminuição dos reflexos, miose,bradipnéia e coma.
n      2.Hidantoína:hidantal, espelin;
n      3. primidona: mysoline;
n      4.Carbamazepina: tegretol;
n      Clonazepan: rivotril.

EFEITOS COLATERAIS
n      diminuição dos reflexos,
n       apatia ( estado de indiferença),
n      distúrbios,
n       erupções cutâneas,
n       prurido e tontura.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Ø      Controle dos sinais vitais
Ø      Observar sinais de flebite nos locais de aplicação (é comum o paciente queixar-se de dor);
Ø      Administrar esses medicamentos por via endovenosa, observando-se o tempo de aplicação (lentamente).



7.ANALGÉSICOS - São medicamentos que reduz ou elimina a dor. Os Analgésicos podem ser:
n      Antipiréticos – atuam deprimindo os centro epitalâmicos da dor e nos casos de pacientes febris, sobre o centro termorregulador. Os analgésicos antipiréticos mais conhecidos e utilizados são: ácido acetil salicílico (AAS); dipirona; anador ; acetominofen: tilenol-dórico; novalgina .
n      Entorpecentes- são utilizados nos casos em que os antipiréticos não surtem efeitos. Esses analgésicos podem ser opiáceos (derivados do ópio) e não opiáceos (analgésicos sinteticamente derivados da morfina). Opiáceos: elixir paregórico, belacod, morfina (dimorf);
n      Não opiáceos: petidina (dolantina, dolosal.
8.ANTICOAGULANTE OU ANTIHEMOSTÁTICOS -São os medicamentos que agem dificultando a coagulação do sangue.Indicados no tratamento profilático e curativo dos distúrbios tromboembólicos :
n      trombose venosa dos membros;
n      embolia pulmonar;
n      trombose arterial aguda;
n      pré e pós-operatórios de cirurgia vasculares .

 CUIDADOS DE ENFERMAGEM
n       Os anticoagulantes devem ser administrados (seguindo-se a prescrição do dia) dosagem; geralmente é dada conforme dados laboratoriais),tempo de coagulação e tempo de protrombina;
n      Observar sinais de sangramento .
n      Controlar sinais vitais;
n      Observar sinais e sintomas de hipersensibilidade;
n      Observar prescrição médica, administrando as medicações via endovenosa de forma lenta.

               VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

n      Os anticoagualntes podem ser administrados por via endovenosa (heparina) ou via oral (dicumarina). Os mais usados são heparina/liquemine; dicuramina/sumarina; trombofli-hirudoid/lasonil (uso tópico).

EFEITO COLATERAL

n      SANGRAMENTO.

9.BRONCODILATADOR - São usados para dilatar os brônquios e facilitar a respiração ns asma brônquica. Os mais usados: epinefrina: edrenalina; isoproterenol:aleudrin/isoprel;fenoterol:berotec/respirac; teofilina: aminofilina; efedrina: franol- marax.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
n      Controlar sinais vitais;
n      Observar sinais e sintomas de hipersensibilidade;
n      Observar prescrição médica, administrando as medicações via endovenosa de forma lenta.
































sábado, 23 de julho de 2011

enfermagem em parasitologia, microbiologia e processos de esterilização

Oconteúdo do presente texto corresponde à disciplina
Parasitologia e Microbiologia, integrante do curso de formação
profissional de auxiliares de enfermagem.
Inicialmente, abordamos as relações entre os seres vivos, suas principais
características e formas de associação, como as infecções parasitárias
e a transmissão dos agentes infecciosos; a seguir, analisaremos as
vias de penetração e de eliminação destes agentes.
Posteriormente, conheceremos os principais parasitos, ectoparasitos
e as doenças por eles transmitidas.
Finalmente, discutiremos as formas de controle e os mecanismos
de extermínio dos agentes infecciosos.
Em nossa realidade, verificamos constante queda nos investimentos
em saneamento básico e saúde pública; por conseqüência, nossa qualidade
de vida torna-se pior. Como resultado desse quadro, as doenças
infecciosas e as parasitoses estão cada vez mais presentes.
Visando minimizar tais dificuldades, esperamos que após a atenta
leitura e com base nos conhecimentos adquiridos o público-alvo de nossos
esforços, o aluno, consiga identificar e principalmente saber evitar,
de forma muitas vezes simples, fácil, barata e criativa, os tão indesejados
agentes infecciosos, não apenas em seu ambiente de trabalho como em
sua própria casa e comunidade – na qual representa o papel de
multiplicador das ações de saúde.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CONHECENDO A ESTRUTURA DE UMA UTI



CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
PROFESSOR JOÃO DE LIMA DANTAS
joaodelimadantas@bol.com.br
23 DE Maio de 2011

1.      CONCEITO HISTÓRICO DA UTI
Num hospital, uma unidade de terapia intensiva (UTI) caracteriza-se como “unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar”.
A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes gravemente doentes que porventura possam ter chances de sobreviver, destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de gravidade. É um ambiente de alta complexidade, reservado e único no ambiente hospitalar, já que se propõe estabelecer monitorização completa e vigilância 24 horas por dia.
As doenças são inúmeras o que torna muito difícil a compreensão de todas elas. Porem, os mecanismos de morte são poucos e comuns a todas as doenças. É atuando diretamente nos ditos mecanismos de morte que o médico intensivista tira o paciente de um estado crítico de saúde com perigo iminente de morte, pondo o mesmo em uma condição que possibilite a continuidade do tratamento da doença que o levou a tal estado.
Exemplo mais comuns de doenças que levam a internação em UTI são;
·        Infarto agudo do miocárdio- IAM;
·        Desconforto respiratório;
·        Acidente vascular cerebral ou encefálico.
Ainda é função da UTI amenizar sofrimento tais como dor e apnéia, independe do prognóstico.
Os profissionais que atuam nestas unidades complexas são designados intensivistas. A equipe de atendimento é multiprofissional e interdisciplinar, constituída por diversas profissões: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais e técnicos de enfermagem.
As UTI a partir da década de 1930 transformaram o prognóstico, reduzindo os óbitos em até 70%. Hoje todas as especialidades utilizam-se das unidades intensivas, principalmente para controle de pós-operatório de risco.
É muito importante tanto para o paciente como para a família compreender a UTI como etapa fundamental para a superação da doença, porém tão importante é aliviar e proporcionar conforto independente do prognóstico. A equipe está orientada no respeito à dignidade e autodeterminação de cada pessoa internada, estabelecendo e divulgando a humanização nos seus trabalhos, buscando amenizar os momentos vivenciados através do paciente e família. A UTI é sem dúvida muito importante para o avanço terapêutico, porém impõe nova rotina ao paciente onde há separação do convívio familiar e dos amigos, que pode ser amenizada através de visitas diárias. Outro aspecto importante é a interação família-paciente com a equipe, apoiando e participando das decisões médicas.
2.     ESTRUTURA FÍSICA
Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do Hospital, quando possível, como acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência , centro cirúrgico, sala de recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia.
A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista.
A área de comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação dos leitos por divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes.
As unidades com leitos dispostos em quartos fechados devem ser dotados de painéis de vidros para a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessário uma central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa e freqüência cardíaca.
Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos pacientes, redução do nível de ruído e possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e imunossuprimidos.
Sala de isolamento é recomendável a cada instalação de saúde deve se considerar a necessidade de salas de isolamento com pressão positiva e negativa nesta salas. Esta necessidade, vai depender,principalmente da população de paciente e dos requisitos do departamento de saúde pública.

3.ÁREA DE INTERNAÇÃO
·        Área de pacientes
Os pacientes devem ficar localizados de modo que a visualização direta ou indireta, seja possível durante todo o tempo, permitindo a monitorização do estado dos pacientes, sob as circunstâncias de rotina e de emergência. O projeto preferencial é aquele que permite uma linha direta de visão, entre o paciente e o posto de enfermagem.
Os sinais dos sistemas de chamadas do pacientes, os alarmes dos equipamentos de monitorização e telefones se somam à sobrecarga auditiva nas U.T.I.s. o conselho nacional de Ruído, tem recomendado que o nível de ruídos nas áreas de terapia aguda dos hospitais não ultrapassem 45dB(A) durante o dia, 40 dB.(A) durante a noite e 20dB(A) durante a madrugada. Tem se observado que o nível de ruído na maioria dos hospitais está entre 50 a 70 dB (A) e, em alguns casos, acima desta faixa. Por essas razoes devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-se em consideração os aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da manutenção e movimentação de equipamentos.
As paredes e os tetos devem ser construídos de materiais com alta capacidade de absorção acústica. Atenuadores e defletores nos tetos podem ajudar a reduzir a reverberação dos sons. As aberturas das portas devem ser defasadas para reduzir a transmissão dos sons.
POSTO DE ENFEMAGEM
O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo para cada doze leitos e prover uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções da equipe de trabalho, com dimensões de 8 m quadrado.  Cada posto de enfermagem deve ser servido por uma área de serviços destinada ao preparo de medicação, com dimensão mínima de 8 m quadrado e ser localizado anexo ao posto de enfermagem. Deve haver iluminação adequada de teto para tarefas específicas, energia de emergência, instalação de água fria, balcão, lavabo, um sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais e soluções e um relógio de parede devem estar presente.

·        SALA DE UTENSÍLIOS LIMPOS E SUJOS
As salas de utensílios limpos e sujo devem ser separados e que não estejam interligados. os pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junções, para facilitar a limpeza.
A sala de utensílios limpos é utilizada para armazenar suprimentos limpos e esterilizados, podendo também acondicionar roupas limpas. Prateleiras e armários para armazenagem devem estar   em locais acima do solo , facilitando a limpeza do piso.
A sala de materiais sujo (expurgos), deve se localizada fora da área de circulação da unidade. pode ter uma pia e um tanque, ambos com torneiras misturadoras de água fria e quente para desinfecção e preparo de materiais. Deve ser projetada para abrigar roupa suja antes de encaminhar ao destino, dispor de mecanismos para descartar itens contaminados com substâncias e fluídos corporais. Recipientes especiais devem ser providenciados para descartar agulhas e outros objetos perfurocortantes. Para desinfecção. Para desinfecção dos materiais não descartáveis é necessário dois recipientes com tampa, um para materiais de borracha e vidro e outro para materiais de inox, ou uma máquina processadora.
BANHEIRO DE PACIENTE
Localizado na área de internação da unidade (geral) ou anexo ao quarto (isolamento). Todos os banheiros e sanitários de pacientes internados devem ter duchas higiênicas e chuveiro.
COPA DE PACIENTE
Local destinado ao serviço de nutrição e dietética, sendo receptora e distribuidora das dietas dos pacientes da unidade. Deve ter pia, geladeira e lixo específico para desprezar restos de alimentos.

4.EQUIPAMENTOS
 Cada leito contém monitores cardíacos, cama elétrica projetada, oximetria de pulso e rede de gases. Dentre os principais equipamentos utilizados em UTI estão:
·        Termômetro
·        Oximetro de pulso: equipamento que possui sensor óptico luminoso o qual é colocado no dedo. Através da determinação da colocação sanguínea capilar, verifica a taxa de saturação de O2, OU seja, mede indiretamente a oxigenação dos tecidos de maneira contínua.
·        Eletrocardiógrafico: com freqüência cardíaca e medida intermitente de pressão arterial. Situa-se na cabeceira do leito e é conectado ao paciente através de eletrodos desacatáveis no tórax.
·        Monitor de pressão arterial:
           1.Não ivasivo (esfigmomanômetro);
          2.invasivo (por punção arterial)
  • capnógrafo: aparelho que controla os gases inalados pelos pacientes durante as cirurgias.
  • Sonda naso-enteral: quando ocorre dificuldade da ingestão dos alimentos, é introduzida sonda maleável de baixo calibre na narina até o duodeno, porção após o estômago.
  • SONDA VESICAL: em pacientes inconscientes ou que necessitam controle rígido de diurese (volume urinário), é necessário introduzir sonda na uretra (canal urinário) até a bexiga. A sonda é conectada em bolsa coletora que fica ao lado do leito em locais baixos.
  • MASCARA E CATETER DE OXIGÊNIO: São dispositivos para fornecer oxigênio suplementar em quadros de falta de ar. O catater é colocado no nariz e a máscara próxima a boca com a finalidade de nebulizar umidificando e ofertando O2. em geral são dispositivos passageiros e retirados após a melhora dos quadros dispnéicos (falta de ar).
  • CATETER CENTRAL: o cateter é chamado de central em decorrência de estar próximo ao coração. Fino, da espessura de uma carga de uma caneta, é introduzida através no tórax (infraclavicular- abaixo da clavícula). Permite acesso venoso rápido e eficaz. Sua permanência pode variar de semanas a meses. É indolor.
  • TUBO OROTRAQUEAL : trata-se de um tubo plástico, maleável, de diâmetro aproximado de 0,5 a 1.0 cm é introduzido na traquéia sob anestesia e sedação, Permite a conexão do ventilador mecânico com os pulmões. A permanência pode ser de curta duração, até horas ou semanas. caso não possa ser retirado e com previsão maior de duas semanas, poderá ocorrer possibilidade de traqueotomia e inserção da cânula baixa permitindo ao paciente maior conforto e até alimentar-se.
  • VENTILADOR MECÂNICO: aparelho microprocessador valvular que permite a entrada e saída do ar dos pulmões, oxigenando-os e mantendo estabilidade e segurança do sistema respiratório. Os equipamentos permitem maior interação entre paciente-ventilador com seu comando ou não. Apesar das inúmeras vantagens e vários casos obrigatórios, estabelece interrupção da fisiologia normal respiratória, favorecendo infecções pulmonares designadas “pneumonias do ventilador”. O processo de retirada do ventilador mecânico é chamado de desmame ventilatório, que é gradual.
5. TÉCNICAS
·        Coma induzido- na UTI há grande preocupação em fornecer conforto e ausência de dor a todos os pacientes internados. Em casos mais graves, principalmente quando há necessidade da intubação, principalmente orotraqueal, é iniciada a sedação (tranqüilizante e indutor do sono) e analgesia (abolição da dor) contínua que pode levar a ausência total de consciência e sonolência profunda. Neste estágio, designado “coma induzido” não há dor , não há frio e a percepção do paciente é interrompida. O tempo e espaço nesta situação é abolido, onde pacientes que permanecem meses na unidade, recordam como horas.
·        As infecções- são as causas mais importantes de internação em unidades intensivas. Em geral respiratórias ou urinárias, recebem tratamento com antibióticos de ultima geração e amplo aspectro de ação contra bactérias. Os riscos de infecções ocorrem quando há disseminação hematogênica (através do sangue) e ocorre generalização do processo infeccioso designada tecnicamente como sepse. Outro motivo de preocupação crescente é a infecção desenvolvida no ambiente hospitalar, sendo na grande maioria prevista e inevitável principalmente em decorrência de técnicas como a pneumonia do ventilador pulmonar.
CUIDADOS DIÁRIOS DENTRO DE UMA UTI (VARIÁVEIS DE ACORDO COM PATOLOGIA E QUADRO CLINICO DO PACIENTE
·         Verificação de sinais vitais a cada hora;
·         Verificação do balanço hídrico a cada hora;
·         Desobstrução das vias aéreas ;
·         Troca de curativo diariamente e sempre que necessário;
·         Manutenção da nebulização com água destilada em clientes entubados ou traqueostomizados;
·         Mobilização do paciente no leito para prevenção de ulceras por pressão;
·         Controle rigoroso de gotejamento de soro ou observação das bombas de infusão;
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EVENTUAIS: procedimentos cirúrgicos de pequeno porte podem ser necessários. Nas unidades emergenciais são realizados através do próprio intensivista e na rotina através da equipe cirúrgica especializada de apoio do hospital.
·        Traqueostomia: não é recomendada a manutenção por longos períodos da cânula de intubação em virtude de lesões que podem ocorrer na traquéia e laringe. Não há tempo específico recomendado, cabendo ao intensivista a indicação e recomendação da traqueostomia. Procedimento relativamente simples consiste na abertura da traquéia na região inferior frontal do pescoço e introdução de cânula plástica em substituição a mantida através da boca. Pode ou não ser procedimento permanente, podendo ser retirada quando do desmame efetivo do ventilador mecânico.
·        Drenagem torácica: em coleções líquidas importantes no pulmão ou no pneumotórax (colabamento do pulmão), pode ocorrer necessidade da colocação de dreno com sistema coletor. trata-se de procedimento provisório.
·        Cateter de PIC: cateter em geral provisório introduzido na porção superior da cabeça para drenagem liquórica de alívio.
·        CATETER DE DIÁLISE PREITONEAL: introduzido no abdome, permite a infusão de líquido intraabdominal e troca dialitica. Procedimento simples, podendo ser permanente ou não.

EXAMES COMPLEMENTARES DE ROTINA
 Todos os órgãos e sistemas são avaliados diariamente nos pacientes internados nas UTIs. Após avaliação clínica, são solicitados exames de rotina como :
  • Hematológicos: através da punção venosa, coleta-se pequena amostra de sangue para avaliação no laboratório central dos principais eletrólitos, enzimas e metabólitos do organismo. A função renal é medida indiretamente através da dosagem de uréia e creatinina, dando ao médico informação valiosa em relação à integridade renal.
  • Gasométricos: designada de gasometria arterial, é efetuada punção na artéria radial situada no punho (local do pulso). Após coleta, a amostra é analisada através do equipamento designado hemogasômetro que permite a análise dos principais gases do sistema respiratório tais como oxigênio e gás carbônico. Portanto é o método para avaliação da boa função.
  • Radiológicos:diariamente efetua-se nos pacientes submetidos à ventilação mecânica, a radiologia torácica pulmonar é utilizada para controle e diagnósticos de derrames (líquidos) e infecções como a broncopneumonia.

6. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINAR
·        médico intensivista: designação técnica do médico especializado e dedicado exclusivamente ao atendimento do paciente internado nas unidade intensivas e emergenciais. Possui conhecimento clínico e cirúrgico amplo, capaz de diagnosticar, medicar e realizar procedimentos complexo emergenciais. A especialidade é definida como medicina intensiva, reconhecida mundialmente com certificações específicas. Cabe a este profissional evoluir e medicar diariamente os pacientes internados nos aspectos nutricionais, cardiológicos, pulmonares, neurológicos entre outros. Responde integralmente na condução e responsabilidade da unidade como um todo.
·        Enfermeiro intensivista: enfermeiro com formação para o atendimento de pacientes de alta complexidade com grande dependência no leito. Supervisiona a ação do grupo de técnicos e auxiliares de enfermagem, como a higienização, controle das medicações e prescrições, tendo papel assistencial fundamental.
·        Fisioterapeuta intensivista: a fisioterapia no crítico é fundamental para a manutenção e prevenção de vários aspectos da fisiologia em virtude da dependência total ou parcial do paciente que pode culminar na chamada síndrome do imobilismo. Na síndrome há diminuição do trofismo muscular, emagrecimento, retração dos tendões e vícios posturais que podem provocar contrações permanentes e no dorso (nas costas) as chamadas ulceras de pressão. A assistência ventilatória é outra necessidade fundamental realizada através do fisioterapeuta, que efetua a higienização brônquica diária através de técnicas específicas e controle do ventilador mecânico.
·        Nutricionista e nutrólogo:é omédico especializado no diagnóstico e prescrição nutricional. Diariamente efetua avaliações e mantém aporte calórico, protéico, glicemico e vitamínico equilibrado e essencial para a manutenção do funcionamento e atividades vitais do organismo. O nutricionista, incorporado na equipe multiprofissional, efetua diagnósticos e evoluções dietéticas específicas, coordenando, organizando e acompanhando as prescrições nutricionais.
·        Psicólogo intensivista: todos os aspectos emocionais, seja do paciente , da família ou da equipe, são constantemente avaliados e observados através da psicologia intensiva. Com presença fundamental no períodos das visitas familiares, objetivando estabelecer além da humanização a aproximação e apoio terapêutico necessário.
·        Assistente social: atua no apoio a família e paciente em situações externas ou internas que possam impor dificuldades não relacionadas ao andamento terapêutico direto, seja no âmbito familiar, do trabalho ou pessoais.